“Abortion is largely accepted even for reasons that do not have anything to do with the fetus’ health. By showing that (1) both fetuses and newborns do not have the same moral status as actual persons, (2) the fact that both are potential persons is morally irrelevant and (3) adoption is not always in the best interest of actual people, the authors argue that what we call ‘after-birth abortion’ (killing a newborn) should be permissible in all the cases where abortion is, including cases where the newborn is not disabled.”
[O aborto é amplamente aceito por motivos que nada têm a ver com a saúde do feto. Demonstrando que (1) fetos e recém-nascidos não têm o mesmo status moral de pessoas reais, (2) o fato de que ambos sejam pessoas em potencial é moralmente irrelevante e que (3) a adoção nem sempre é do melhor interesse de todos, os autores advogam que o que é chamado “aborto pós-parto” (matar um recém-nascido) deveria ser permitido em todos os casos onde o aborto também seja, incluindo nos casos em que o recém-nascido não é deficiente.]
O trecho acima é o “abstract” de um artigo publicado na revista “Journal of Medical Ethics” — “After-birth abortion: why should the baby live?”. À falta de acesso ao texto completo do artigo, só o assunto dá bem para ver a quantas anda o avanço da Ética Médica. Os autores, Alberto Giubilini e Francesca Minerva, partiram de premissas bem aceitas no mundo abortista para chegar à chocante conclusão de que não vêem problemas que recém-nascidos sejam mortos, mesmo os saudáveis.
A conclusão é de revirar o estômago? É sim. É das coisas mais asquerosas e repugnantes que se possa ler, parece mesmo coisa saída do último círculo do Inferno. E isto independe de que se professe fé ou algo parecido, basta que se seja humano. Mas a verdade é que os autores chegaram à única conclusão possível dadas as premissas que eles mesmos elencaram, as mesmas premissas que são aceitas mundo afora por muita gente que fica servindo de apoio intelectual à causa abortista.
Quando se abre qualquer precedente para desumanizar o fruto da concepção, não haver qualquer limite para seu assassinato é mera questão de tempo.
Os abortistas são mestres em arrumar novos nomes para mascarar a humanidade do embrião ou feto: “punhado de células”, “pessoa em potencial”, “parasita”, etc. São mestres também em criar limites artificiais para permitir a matança: até o surgimento do sistema nervoso, até o bebê ser viável fora do ventre da mãe, até que o bebê possa ser considerado “pessoa”, etc. Mas o que eles não conseguem, como pelo jeito prova o artigo publicado, é impedir a lógica de demonstrar o quão baixo pode-se chegar quando se tenta desumanizar o fruto da concepção.