Bebês para fins industriais: o comércio de fetos abortados

Retirado do livro: BEBÊS PARA MATAR: A INDÚSTRIA DO ABORTO NA INGLATERRA, Paulinas, 1977, escrito por Michael Litchfield e Susan Kentish

 

Bebês para fins industriais

 

Tínhamos chegado a um ponto em que acreditávamos que nada mais nos poderia chocar na indústria do aborto. Estávamos enganados.

Na Harley Street, havia um ginecologista que vendia fetos para uma fábrica de produtos químicos, e eles faziam sabão e cosméticos… e pagavam-lhe muito bem pelos bebês, porque a gordura animal vale ouro no ramo deles…

É evidente que o ginecologista nunca teria admitido abertamente suas atividades. Então combinamos conversar com ele como uma firma concorrente e fazer uma contraproposta para os fetos. E o fizemos. Em primeiro lugar lhe telefonamos.

A secretária perguntou: “Pode dizer-me qual é o assunto?”

Litchfield: “Sim. Estou interessado em comprar fetos. Sei que ele os vende a uma fábrica do East End de Londres. Posso pagar-lhe mais. Represento uma firma concorrente…”.

Secretária: “Não sei de nada a respeito… Não sei. Acho melhor que o Sr. fale sobre isto com o Dr.”.

Na mesma tarde, Litchfield telefonou novamente para a clínica. O Dr. desta vez estava lá. “Sim, recebi o recado. É um negócio muito delicado. Não acho prudente tratarmos deste assunto por telefone”.

Quando nos encontramos, o ginecologista pediu à sua secretária que saísse da sala e sentou-se na beirada da mesa de trabalho, o que facilitou a gravação pelo microfone escondido numa pasta de couro.

O médico mostrou uma carta do Ministério da Saúde a Litchfield: “Aqui dizem que devemos incinerar os fetos… que não devemos vendê-los para nada… nem mesmo para pesquisa científica. As pessoas que moram nas vizinhanças da minha clínica têm se queixado do cheiro de carne humana queimada. O cheiro sai do incinerador. Não é propriamente um cheiro agradável. Portanto estou sempre procurando uma maneira de me livrar dos fetos sem precisar queimá-los. Veja, tenho alguns bebês muito grandes. É uma pena jogá-los no incinerador, quando se podia fazer um uso melhor deles. Fazemos muitos abortos tardios. Somos especialistas nisto. Faço abortos que os outros médicos nunca fariam. Se a mãe está pronta para correr o risco, eu estou pronto para fazer o aborto. Muitos dos bebês que tiro já estão totalmente formados e vivem ainda um pouco, antes de serem eliminados. Uma manhã havia quatro deles, um ao lado do outro, chorando como desesperados. Não tive tempo de matá-los ali na hora, porque tinha muito o que fazer. Era uma pena jogá-los no incinerador, porque eles tinham muita gordura animal que poderia ser comercializada. Tenho alguns problemas com as enfermeiras. Muitas delas desmaiam no primeiro dia. Tenho sempre muita rotatividade em nosso pessoal.”

Mais tarde, quando explicamos a este ginecologista a finalidade da nossa pesquisa e a nossa identidade autêntica, ele rebateu: “Não devem culpar os ginecologistas pelo que está acontecendo no nosso país. Não devem pôr a culpa em nós. Forçaram-nos a isto. Se nós não o fizéssemos, alguém o faria. As mulheres chegam até nós, e não podemos voltar-lhes as costas e desampará-las. Como profissionais, prostrituímo-nos a nós mesmos. Isso não teria acontecido se fosse proibido fazer aborto. Mas, como estão as coisas, há liberdade para todos. Tudo é permitido, e vamos de mal a pior. Gostaria que alguém desse um basta a esta situação. Gostaria de me pôr novamente em paz com a minha consciência.”

 

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