Pílula do Dia Seguinte: para o lucro de alguns, mulheres são vítimas de mais enganações

Atualmente vivemos em um paradoxo… Nunca o acesso à informação esteve mais facilitado que nos dias atuais, através da Internet, da quantidade de títulos (livros, revistas, etc.), etc. No entanto, apesar deste amplo acesso, impressiona a falta de vontade de buscar a verdade de muitos. Impressionante também é a capacidade de rejeitar a verdade mesmo quando ela se apresenta claríssima à nossa frente.

Todo o caso sobre a Pílula do Dia Seguinte é um ótimo exemplo disto. Até mesmo um jornalista de peso como Reinaldo Azevedo sente-se à vontade em escrever a besteira que este medicamento não pode ter efeito abortivo quando o próprio fabricante afirma exatamente o contrário. Não é informação que falta, mas sim, provavelmente, disposição para enfrentar o patrulhamento, principalmente do lobby feminista/abortista. E com isto a verdade vai sendo mascarada, diluída, sacrificada no altar do deus da correção política.

Só que a realidade, felizmente, não se deixa pautar por quem procura mascará-la, ela não muda apenas porque alguém escreve que ela é diferente. E recentemente a realidade deu mais um indício que ela está lá para incomodar aqueles que querem apenas enganar as mulheres e angariar lucros altíssimos com isto.

Em artigo publicado na revista norte-americana Mother Jones foi trazida a informação de que o fabricante europeu da Pílula do Dia Seguinte está agora alertando as usuárias que o medicamento não é efetivo para mulheres que tenham 75kg ou mais. Ou seja, além de sonegarem a informação sobre a possibilidade abortiva da pílula, durante muito tempo foi também omitida das mulheres a informação de que sua “eficácia” depende diretamente do peso da usuária, fato que só começou a ser levado em consideração a partir de pesquisa da professora Anna Glasier, da Universidade de Edinburgh, feita em 2011.

norlevo
Informaçao da nova bula do Norlevo

Claro que desde o início de sua comercialização as indústrias farmacêuticas vêm tendo lucros… Claro que muita gente — jornalistas, políticos, ongueiros, militantes, acadêmicos, etc. — vêm falando sobre a Pílula do Dia Seguinte como se esta fosse uma maravilha libertadora para as mulheres. Claro também que ninguém fala para as mulheres a verdadeira bomba hormonal que este medicamento é, muito além do que as pílulas anticoncepcionais convencionais. Claro que a possibilidade abortiva deste medicamento é devidamente varrido para debaixo do tapete por muita gente que se diz preocupadíssima com as mulheres. Mas o que não fica muito claro é como a indústria farmacêutica fabricante do medicamento, cuja verba de pesquisa deve ser astronômica, pode ter deixado passar um dado tão básico como a relação do peso da usuária com a eficácia do medicamento que ela fornece após anos e anos de comercialização deste produto. Impressionante, não?

O simples fato de uma revista como Mother Jones — de viés totalmente à esquerda — veicular tal informação já dá idéia do problema, mais ainda pelo fato de as mulheres norte-americanas terem, em média, mais peso que as européias.

O resultado final é este: as mulheres são enganadas por não saberem da possibilidade abortiva do medicamento e, caso tenham 75kg ou mais, são enganadas também em relação à “eficácia” da pílula. Mas os fabricantes e a indústria abortiva, evidentemente, continuam lucrando com toda esta confusão. E tudo isto, claro, sob os olhares complacentes e cúmplices de inúmeras entidades que se dizem defensoras dos direitos femininos.

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