Papa dá lição em deputada católica que apoia aborto

Pope and Pelosi

Esta notícia é para homens e mulheres de vida pública que pensam que podem posar como católicos e ao mesmo tempo atuar para a expansão da Cultura da Morte.

A deputada norte-americana Nancy Pelosi, do Partido Democrata, ocupa o cargo que no Brasil equivaleria ao de Presidente da Câmara dos Deputados.

Atualmente ela é a política católica mais poderosa nos EUA.

Pois foi esta senhora que teve de ouvir verdades básicas sobre a Fé Católica — que ela diz seguir “ardentemente” — do próprio Papa.

A fé ardente da senhora Nancy Pelosi a leva a defender o aborto de forma irrestrita.

Para se ter uma idéia da fé abortista da deputada norte-americana, ela recebeu um índice de 100% da organização NARAL – uma entidade dedicada à pesquisa e ao lobby para promoção do aborto nos EUA. Este índice mostra que quando se trata aborto, Nancy Pelosi sempre atuou favoravelmente ao assassinato de seres humanos.

Detalhe: a performance de Nancy Pelosi em relação ao aborto iguala a de Barack Obama. Ambos são democratas, o padrão não é coincidência.

Apesar deste histórico indigno de uma católica, Nancy Pelosi solicitou uma conferência com Sua Santidade, no que foi atendida, o que é perfeitamente normal, principalmente por ela ocupar o cargo que ocupa.

Podemos imaginar que Nancy Pelosi desejava posar para fotos ao lado de Sua Santidade Bento XVI e, desta forma, tentar confundir ainda mais os verdadeiros católicos norte-americanos, que questionam muito os políticos católicos sobre uma atuação que não condiz com a Fé que professam.

Políticos como Nancy Pelosi tentam passar a idéia que está tudo bem ser católico e ser pró-aborto.

Qualquer semelhança com vários políticos brasileiros, não é mera coincidência: é um método.

Quando confrontada em recente entrevista sobre o ensinamento da Igreja de que a vida começa na concepção, Nancy Pelosi saiu-se com esta:

“Como uma ardente católica praticante, este é um assunto que estudei durante muito tempo. O que sei é que durante os séculos os doutores da Igreja não foram capazes de definir tal coisa. E Santo Agostinho disse que isto acontecia aos três meses, não sabemos. O importante é que isto não deveria ter um impacto sobre o direito à escolha por parte da mulher.”

E após isto, a deputada ainda afirmou que a posição da Igreja sobre o início da vida na concepção tem apenas 50 anos. Ou seja, a deputada utiliza sua posição de destaque para dar vazão a mentiras abortistas criadas com a única intenção de confundir aos católicos desavisados.

Mas o caso é que Nancy Pelosi não contava com o alerta que inúmeras entidades pró-vida católicas enviaram ao Vaticano avisando que o encontro provavelmente seria utilizado pela deputada como forma de reforçar ao eleitorado que é possível conciliar catolicismo e abortismo.

Ciente disto, o Vaticano tomou as devidas providências.

Em primeiro lugar, o encontro foi a portas fechadas e sem a presença de repórteres ou fotógrafos. A expectativa de Nancy Pelosi levar para casa uma foto ao lado de Sua Santidade para enganar mais católicos foi frustrada. Para um político, ir ao Vaticano e não posar para fotos com o Papa é o equivalente de um peregrino ir a Roma e sequer ver o Papa.

Em segundo lugar — o mais importante –, imediatamente após o encontro, o Escritório de Imprensa da Santa Sé divulgou um comunicado com os seguintes dizeres (tradução livre; original aqui):

“(…) Sua Santidade aproveitou a oportunidade para falar sobre os requerimentos da lei moral natural e o consistente ensinamento da Igreja sobre a dignidade da vida humana da concepção à morte natural que obriga a todos os católicos, especialmente aos legisladores, juristas e aqueles responsáveis pelo bem comum da sociedade a trabalhar em cooperação com todos os homens e mulheres de boa vontade na criação de um sistema justo de leis capazes de proteger a vida humana em todos os estágios de seu desenvolvimento.”

Mais claro que isto, impossível.

Mas o mais interessante é que este comunicado foi divulgado logo em seguida ao término do encontro, ou seja, com certeza ele já havia sido escrito antes mesmo do encontro acontecer.

Aqui, há dois pontos a destacar: primeiro, S.S. Bento XVI já havia indicado para seus assessores de imprensa sobre o que falaria à deputada norte-americana, e fez isto porque foi muito bem alertado por entidades pró-vida católicas e membros norte-americanos da Cúria; segundo, entre os alertas enviados provavelmente a Santa Sé foi avisada de que Nancy Pelosi adoraria capitalizar o encontro com o Papa e que os assessores da deputada tentariam distorcer o que foi realmente discutido no encontro.

Vem daí a celeridade com que o Escritório de Imprensa do Vaticano divulgou a nota sobre o encontro. Mesmo assim, a deputada e sua assessoria tentou criar uma cortina de fumaça sobre o tema do encontro, divulgando nota em que os temas discutidos foram “pobreza, fome e aquecimento global”.

Faz sentido… Enquanto Sua Santidade passou-lhe um sermão sobre o que é ser verdadeiramente um católico e as responsabilidades que temos quando envolvidos com política, Nancy Pelosi, para justificar seu abortismo para si mesma, só encontrou saída no mundo da fantasia, ouvindo o que não foi dito.

O Papa Bento XVI deu uma lição e tanto a Nancy Pelosi, que, como acontece com muitos políticos brasileiros, só consegue justificar seu arremedo de catolicismo misturado com abortismo quando não dá ouvidos ao que o próprio Vigário de Cristo lhe ensina sobre o assunto.

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