É raro, mas há momentos em que abortistas dizem verdades. O chato, para eles, é que a coisa nunca fica bonita quando isto acontece.
Para começar, é bom que se diga de uma vez que o mantra repetido no Brasil – “Aborto é problema de Saúde Pública!”, criado para dourar a pílula venenosa do aborto é tão falso quanto o sorriso plastificado de Dilma Roussef.
Os números divulgados pelo DATASUS fazem os discursos que são divulgados na grande mídia e papagaiados por muitos caírem por terra. Não há milhões de mortes maternas devido a abortos ilegais; não há milhares de mortes maternas; não há sequer centenas de mortes maternas por este motivo. Isto, porém, não impede que o mantra continue sendo usado.
Claro que todo esta empulhação abortista é para parecer que eles se colocam ao lado das mulheres em dificuldades. Mentira! E das grossas… Isto, claro, sem contar que o tal discurso, ao tentar colocar as mulheres como único foco da atenção, mostra um indiferentismo doentio, cruel mesmo, à criança concebida e que tem sua vida friamente interrompida.
A verdade crua é que o discurso abortista muda o quanto for para criar o clima necessário à flexibilização da opinião pública em relação ao aborto. Se aqui no Brasil o tal mantra colocado acima ganhou adeptos, mesmo que os próprios dados do governo desmintam o tal “problema de Saúde Pública”, isto aconteceu porque os abortistas souberam juntar sua agenda obscura a um problema crônico do Brasil, que é a área da Saúde da população.
Nada de novo sob o sol… Os abutres sempre seguem a carniça mais fétida. E os abortistas olham para o drama de inúmeras mulheres apenas através de um único ângulo, o da oportunidade. O tristemente famoso caso da menina-mãe de Alagoinha é dos exemplos mais nojentos da instrumentalização de um drama pessoal para que servisse à causa abortista.
Mas se aqui no Brasil as ONGs pró-aborto ainda têm que suar a camisa e tentar enganar a população sobre o que realmente acham sobre o aborto, quando estão em países em que o aborto é liberado é que os abortistas sentem-se à vontade para dizer o que realmente pensam.
A alemã Elfriede Harth, que é Secretária do Grupo de Estudos em Religião e Secularismo do Parlamento Europeu e membro do braço espanhol das (nada) Católicas pelo Direito de Decidir disse que uma mulher tem, em última instância, o DIREITO de abortar porque ela tem o “direito a ter uma vida boa” e que tal mulher NÃO TEM o “direito de arruiná-la”.
E a feminista/abortista seguiu:
“(…) se uma gravidez for atrapalhar sua vida de alguma forma, ela tem o direito a fazer um aborto. Ela tem o direito. Ela tem a obrigação de proteger sua vida de ser arruinada. Você deve tal respeito a si mesma porque você é uma filha de Deus. Você deveria se sentir culpada se não tomar tal atitude.”
Difícil escolher o que é mais vil no trecho acima, se a admissão que o aborto é um “direito” a ser exercido por qualquer motivo torpe, se a tentativa de justificar a hediondez do aborto através de nossa filiação divina, ou se é o desejo de jogar culpa para cima exatamente das mulheres que não abortam seus filhos, mesmo que isto lhes traga dificuldades.
É realmente impossível escolher o que mais nos enoja em tal discurso.
A ongueira profissional, porém, não parou por aí, apesar de já ter revelado um bocado do poço de piche em que chafurda. Perguntada sobre os os direitos da criança não-nascida, Elfriede Harth saiu-se com esta:
“Se você faz um aborto, há um feto que será morto… Isto é verdade. Mas, para nós, a morte não é o fim da história. E este bebê não-nascido ou feto ou seja como você queira chamá-lo é… bem, nós não sabemos o que Deus fará com esta criatura. Deus tem muita misericórdia, talvez… nós não sabemos.”
O “para nós” da senhora Harth é porque ela ainda quer enganar aos outros passando-se como católica, apesar de dizer as maiores barbaridades, coisa que provavelmente faria o inferno irromper em aplausos.
Este trecho deixa mais do que explícito a total indiferença abortista com a vida de bebês não-nascidos. Alegar que a morte de um bebê “não é o fim da história” para tornar o aborto aceitável ou tentar minimizar a culpa de tal ato é por demais cruel e desumano, mesmo para os padrões de quem ganha a vida defendendo o abortismo.
Mas se Elfriede Harth tem nada de católica, como qualquer criancinha que tenha aprendido os rudimentos do Catecismo pode atestar, é forçoso dizer que ela tem um bocado em comum com um “pensador” que faz muito sucesso aqui no Brasil.
Compare-se o que escreveu a ongueira alemã, com o que andou escrevendo o famosíssimo e admirado Edir Macedo:
“(…) Qual a chance de uma criança abortada perder a salvação de sua alma? Qual a chance de uma criança chegar à idade adulta perder a salvação de sua alma?”
Quem diria, não é mesmo? Se há uma coisa que une feministas/abortistas a Edir Macedo é uma profunda indiferença, descaso mesmo quanto à vida dos bebês abortados. Ambos querem tomar o lugar de Deus, procamá-los como “salvos” e nem se importar em mandá-los para a lixeira mais próxima.
Deixando de lado um pouco o contato íntimo entre o abortismo e o neo-pentecostalismo de resultados, é muito curioso notar no discurso da sra. Harth a falta de qualquer referência a “problema de Saúde Pública”. Para ela, aborto é um “direito” e pronto. Se crianças morrem, isto não é problema dela, assim como tampouco é “o que Deus fará com esta criatura”.
Mas o realmente peculiar é que Elfriede Harth não é uma ongueira qualquer. Ela faz parte, como já dito, do braço espanhol das (nada) Católicas pelo Direito de Decidir. Por que então suas parceiras brasileiras têm um discurso completamente diferente, totalmente focado no mantra do “problema de Saúde Pública”?
A resposta já foi dada acima: o discurso abortista molda-se conforme a necessidade visando a aceitação do aborto pela sociedade por todos os meios possíveis. No Brasil, dada a calamidade da Saúde Pública, os gênios abortistas acharam por bem aproveitar a oportunidade e o apelo deste tema para encher a opinião pública com falsas imagens de mulheres morrendo nas ruas, de adolescentes trucidadas em clínicas de abortos, de pontudas agulhas de tricô, e todo o imaginário necessário para subverter o pensamento amplamente contrário ao aborto da população brasileira.
Uma das maiores provas que os pró-aborto brasileiros estão nem aí para a saúde das mulheres é exatamente que eles são os que mais evitam, através de lobby intenso junto aos parlamentares, a implantação da CPI do Aborto. Esta CPI, se bem conduzida, poderia servir para exigir das várias instâncias de Poder Executivo que cumpram seu papel no fechamento de clínicas que fazem abortos e na repreensão ao contrabando e comércio ilegal de medicamentos abortivos, coisas que ajudariam para diminuir ainda mais o número de mortes maternas devido a abortos por demanda.
Ao fazerem todo o possível para evitar a CPI do Aborto, os abortistas demonstram, com suas atitudes, aquilo que qualquer um já sabe: que importam-se de nada com a saúde feminina; que a tal disposição para debater o assunto com a sociedade é simples discurso vazio e enganador; e, por fim, que o tal “problema de Saúde Pública”, uma coisa sobre a qual não há dados que lhe dê suporte, é mero oportunismo.
E é aqui que a verdade, aquela dita pela abortista Elfriede Harth, mas que é mascarada no Brasil, fica bem clara: o aborto, o ato de matar bebês ainda no ventre de suas mães, é encarado pelos abortistas simplesmente como um direito a ser exercido. A vida da criança massacrada é apenas um detalhe para este pessoal.
E se Dilma Roussef ou qualquer outro candidato a qualquer cargo eletivo ficar repetindo esta enganação abortista de que temos um “problema de Saúde Pública”, isto só mostra sua afinidade ao abortismo internacional. Um abortismo tão nojento e tão enganador que é capaz até de usar o Santo Nome de Deus para culpar as mulheres que não abortam seus bebês e enfrentam as dificuldades corajosamente.