Aborto: Lições para o Brasil

O caso do médico aborteiro Dr. Kermit Gosnell que tinha uma verdadeira casa de horrores na cidade de Philadelphia, nos EUA, continua enojando a todos por lá. E não é para menos… Eis uma breve descrição constante no relatório anexo à denúncia feita contra Dr. Gosnell:

“Os instrumentos não eram esterilizados de forma correta. Suprimentos médicos descartáveis eram re-utilizados várias vezes. Equipamentos médicos estavam enguiçados; os que funcionavam não eram utilizados. A saída de emergência encontrava-se bloqueada. Por todo o prédio, no porão, em armários, em um freezer, colocados em jarros, em bolsas plásticas, em potes, estavam os restos dos corpos de inúmeros bebês abortados.”

Que visão do inferno, não?

Mas qual a minha intenção ao trazer tal informação? É mostrar o que o aborto realmente é. O cenário de horror encontrado na clínica do Dr. Gosnell é o equivalente concreto do horror moral que é o aborto. Quem diz o contrário está simplesmente enganando aos desavisados.

Veja o site da maior rede abortista dos EUA, a Planned Parenthood. Só o que se vê são modelos sorridentes, todos jovens, de várias raças, todos aproveitando as alegrias de uma vida que é proporcionada pelo aborto, pela contracepção artificial, pelo sexo descompromissado e sem conseqüências.

Quem poderia dizer que a Planned Parenthood e o carniceiro Dr. Gosnell prestam exatamente o mesmo serviço: a morte de seres humanos inocentes e frágeis. A diferença? Dr. Gosnell foi descuidado e deixou aparecer a parte do negócio que a Planned Parenthood esconde muito bem atrás de seu website de design bem acabado.

“A Pennsylvania não é um país de terceiro mundo” – foi o que declarou o Grande Júri do estado onde está localizada a cidade de Philadelphia, tamanho o choque com as condições da clínica de abortos. E, no entanto, apesar deste horror, Dr. Gosnell “clinicava” em uma cidade da rica Costa Leste dos EUA.

É de se perguntar o porquê de jamais Dr. Gosnell ter sido incomodado pelas autoridades responsáveis. A resposta é simples: em 1995 assumiu o governo do estado um político pró-aborto e, a partir daí, o departamento responsável pela fiscalização simplesmente parou de fazer qualquer inspeção nas clínicas de aborto. Não houve uma, sequer uma, ONG das que dizem lutar pela saúde reprodutiva das mulheres que tenha, durante todo este tempo, demonstrado preocupação que as clínicas abortistas da Pennsylvania não fossem inspecionadas.

Impressionante, não? Muito! Ainda mais se pensarmos que estas ONGs são as mesmas que afetam uma baita indignação contra as precárias condições sanitárias dos abortos praticados em países em que o aborto é ilegal.

Mas o silêncio das entidades abortistas é caso pensado. Tais entidades sabem bem o que acontece em tais clínicas, mas simplesmente não agem porque a publicidade do horror que ali acontece teria (como está acontecendo) um efeito devastador em sua demoníaca agenda.

“Mas”, alguém pode perguntar, tomado por um súbito ataque de egoísmo bairrista, “o que isto tem a ver com o Brasil?”

É bom que aprendamos tais lições enquanto é tempo. O aborto é tido como “direito” nos EUA há 38 anos e, apesar de toda a eficiência de suas instituições, casos como o do Dr. Gosnell mostram uma face do aborto que os abortistas não queriam que viesse à tona.

Por décadas, Dr. Gosnell levou seu “negócio” à frente sem que a justiça, a fiscalização, o executivo, enfim, sem que ninguém o incomodasse. As ONGs que dizem lutar pela saúde das mulheres olhavam para o outro lado e faziam de conta que o aborto nos EUA, por ser legalizado, é tão limpo quanto a página na web da Planned Parenthood.

Imagine-se, agora, este cenário em um país como o Brasil. Nossa fiscalização não consegue nem que o queijo do sanduíche do bar da esquina esteja dentro da validade! Que dirá das condições sanitárias de uma clínica de abortos…

“Ah!”, poderia dizer uma feminista-abortista tupiniquim, “mas aqui nós não deixaríamos que nossas mulheres fossem submetidas a tais condições absurdas! Isto só acontece em países dominados por porcos capitalistas como os EUA! Lá o aborto é um negócio; aqui, seria um serviço do SUS à população feminina.”

Mesmo? Sério? Responda rápido: quando foi a última vez que se viu, no Brasil, uma ONG destas denunciar um médico abortista ou uma clínica onde são feitos abortos? Se se dizem tão preocupadas com as mulheres, por que então tais entidades não denunciam estes criminosos que impõe às mulheres condições degradantes?

A resposta também é simples: abortistas são iguais em qualquer lugar. Dizem-se preocupados com as mulheres, mas entre a saúde destas e tolerar um cenário de horror como o criado por Dr. Gosnell, eles entregam os corpos de suas companheiras de gênero em uma bandeja de prata sem qualquer problema de consciência.

Consciência? Ora… Para quem defende que o aborto é um “direito” — um “direito humano” como quer o governo petista e seu PNDH-3 –, consciência é coisa que há muito ficou para trás.

A verdade é que fascínoras como Dr. Gosnell não são desvios no mundo abortista; são, antes, membros ativos deste “ecosistema” que se alimenta do cadáver de tantos não-nascidos.

Ele e sua casa de horrores não são limpos e bonitinhos como a página da Planned Parenthood, mas o que eles têm em comum é exatamente o que o médico mantinha guardados em jarros e que os abortistas gostariam que jamais soubéssemos de usa existência.

E não há website bonitinho que consiga esconder este horror…


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Fonte: To live and die in Philadelphia

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