“2229” era a senha para o sistema de alarme em uma das clínicas de abortos da Planned Parenthood, a maior rede de abortos dos EUA, que está aparecendo nos notíciários devido à divulgação de vídeos secretos nos quais são mostradas gente graúda da organização negociando preço para a venda de partes de bebês abortados.
Quem conta sobre esta senha é Abby Johnson, que foi diretora da clínica em questão, mas que atualmente é uma conhecida líder pró-vida nos EUA. Ela diz que achou estranho uma senha tão simples, até que alguém explicou-lhe o motivo da senha: as letras no teclado indicavam a palavra “BABY” [BEBÊ]. Era a indicação de que os trabalhadores da clínica utilizavam de ironia com o tipo de trabalho que faziam lá. Eles faziam piada com o assassinato de bebês.
Alguns dias após tomar conhecimento da senha do sistema de alarme, ela foi levada para conhecer o Laboratório de POC (Products of Conception – Produtos da Concepção). Neste laboratório havia um freezer onde ficavam guardados os tecidos fetais resultantes de abortos até que o caminhão de lixo biológico viesse fazer a coleta. Ela descobriu que os empregados da clínica chamavam este freezer pelo singelo nome de “BERCÁRIO”. Novamente, uma piada com o assassinato cruel de bebês que eram feitos corriqueiramente na clínica.
Anos depois, ela relata que viu um empregado e um médico conversando sobre como o que eles viam em um dos recipientes no Laboratório de POC se parecia como “carne de churrasco”. O outro objetou: “Na verdade, eu acho que esta parte é mais parecida com geléia de morango”. Ela saiu de perto, enojada com o que ouviu. Mas isto não era ainda o suficiente para fazê-la abandonar a clínica. “Eu era uma deles agora” — ela mesma diz.
Eis mais um trecho do que ela conta de sua jornada como abortista:
“Alguns anos após este acontecimento [sobre a “geléia de morango”], fiquei sabendo que nossa organização iria abrir a maior clínica de abortos do Oeste. Lembro de minha chefe fazendo o anúncio: “Estamos construindo o maior abortuário* do país!”. Todos demos boas gargalhadas enquanto aplaudíamos. Nós adorávamos ouvir todas as palavras com as quais os pró-vidas se referiam às nossas clínicas. Nós estávamos tão orgulhosos. Estávamos fazendo algo que estaria presente nos livros de história. Que bom para nós, pensávamos.”
* no original, “abortuary” – corruptela da palavra “mortuary”, utilizada pelos pró-vidas norte-americanos para referir clínicas de aborto.
É ela mesma quem explica o motivo de revelar tais detalhes sórdidos da indústria do aborto:
“Por que eu estou falando de coisas que são tão horríveis? Penso que é porque eu preciso que você veja como é a realidade dentro destas clínicas. Minha experiência foi única? A minha era a única clínica onde tais piadas eram feitas? Não. Nós éramos a mesma coisa. (…)”
É assim a indústria do aborto. Apesar de tentar mascarar o que realmente é feito com todo um discurso pré-fabricado de defesa das mulheres, de ajuda aos necessitados, de autonomia individual e outros mais, o que cada vez mais vem ficando claro é o que pessoas como Abby Johnson vêm contando sobre a realidade de tal indústria. Tudo isto é exatamente o que sempre foi alertado pelos pró-vidas: é degradante e espalha degradação lidar com a morte como um negócio, que é exatamente o que faz a indústria do aborto.
Da próxima vez que alguém se mostrar favorável ao aborto e vier com aquele discurso que tenta diminuir a dignidade do ser humano ainda não nascido, diga-lhe qual o nome que os empregados da clínica de Abby Johnson davam ao freezer do laboratório que continha partes de serem humanos trucidados no ventre de suas mães. Conte-lhe também da senha “2229”. Se ele ou ela se mostrar cético(a), peça-lhe para tentar teclar a palavra “BABY” no teclado para fazer chamadas de seu telefone celular. Pode ser que vendo tais coisas ele ou ela no futuro consiga ver o que Abby Johnson afinal viu após muitos anos e passe a defender a vida, a mesma que é motivo de piadas para indústria do aborto.
—
Fonte: Abby Johnson Recalls: Planned Parenthood Alarm Was 2229 (BABY)