Conforme noticiado pela página Religión en Libertad e também pelo site de notícias Breitbart, uma escultura na qual é mostrada Nossa Senhora acolhendo bebês não-nascidos causou a ira da militância feminista na França.
Eis o que relata o site Breitbart:
“Esculpida em bronze pela aclamada artista holandesa Daphné Du Barry, a peça retrata uma chorosa Nossa Senhora abaixando-se e mostrando compaixão a vários bebês cujas vidas foram eliminadas no ventre de suas mães. O trabalho foi escolhido como símbolo da Bienal de Arte Sagrada Contemporânea, cujo tema é “Ode à Vida”.”
Não causa surpresa alguma que a simples exposição da escultura tenha sido alvo de reclamações e declarações enviesadas por parte de feministas e entidades afins. Claire Moracchini, coordenadora de uma entidade que luta pelo “direito ao aborto”, começou uma petição que solicita ao prefeito a retirada da estátua. Eis o que ela declara:
“Esta estátua é de mau gosto e também ofensiva pela mensagem negativa que ela passa sobre o aborto. Na verdade, para nós isto é parte da atmosfera atual que tenta fazer as mulheres que fazem abortos sentirem-se culpadas.”
Entende-se perfeitamente que a feminista Claire Moracchini incomode-se com uma simples escultura, pois tudo o que ela não quer é que mais gente entenda o quanto o aborto é um dos maiores males dos nossos tempos. E não é a escultura que passa alguma “mensagem negativa” sobre o aborto, é o próprio aborto que é altamente negativo por si mesmo. Não há escultura, por melhor que seja em sua tentativa de mimetizar a realidade, que consiga atingir o verdadeiro horror que é o aborto.
É este horror que a feminista não quer que seja visto pelo público e para isto ela precisa correr e fazer uma petição pedindo a intervenção do Poder Público. Como sempre acontece, são os chamados “progressistas” os primeiros a omitir informações do público em geral.
E não apenas isto… Ainda segundo a fala da feminista, ela parece achar que a culpa pelo aborto é uma coisa externa à mulher que o comete, algo que lhe seria imposto artificialmente pela sociedade e pela “atmosfera atual”. Não é isto que mostram os dados, que deixam claro que muitas mulheres sofrem por anos, por décadas as conseqüências psicológicas do aborto, mesmo em países onde a militância abortista há décadas luta para que o aborto seja visto como algo muito natural. Mas é claro que uma feminista militante como Claire Moracchini quer manter estes dados completamente escondidos do público.
Não só a militância feminista ficou incomodada com a escultuda… Também segundo o site Breitbart, o presidente do Centro LGBT da Côte D´Azur, Erwann Le Hô, condenou a escultura:
“Culpar mulheres pela interrupção da gravidez é inaceitável. Na França, o aborto é um direito. Sua obstrução pode ser punida pela Lei.”
Quem diria que uma simples imagem de Nossa Senhora mostrando compaixão a bebês não-nascidos poderia ser classificada como “inaceitável” por um militante LGBT, não é mesmo? Quanta sensibilidade!
Aliás, onde será que o militante viu algo na escultura sobre “obstrução” ao “direito” ao aborto? A não ser que ele tenha um olhar artístico mais apurado que o de todos, eu diria que ou ele está superinterpretanto a escultura ou está incomodado com a verdade que ali é mostrada.
A única possibilidade de a escultura da artista Daphné Du Barry ser classificada como obstrução ao “direito ao aborto” é se a peça for colocada na porta de uma clínica de abortos. Pensando bem, isto até não seria uma má idéia…
Deixando de lado os faniquitos da militância “progressista”, o caso é que a escultura tem sim uma mensagem a passar e é isto que explica a artista criadora da escultura:
“Eu apenas queria dar um testemunho da beleza que a vida representa. Quantos bebês que não nasceram poderiam ter sido gênios? Uma criança é um dom de Deus. A Virgem está chorando porque estas crianças não nasceram. Eu criei este monumento para aumentar a conscientização sobre o assunto.”
Mal sabe Daphné Du Barry que “conscientização” sobre o assunto é exatamente o que a militância feminista e seus asseclas não querem que aconteça. Para tais tipos o que interessa é que ninguém saiba o que o aborto é realmente e o que ele causa à sociedade, e é por isto que uma simples escultura causa protestos, declarações e abaixo-assinados mesmo em um país em que o aborto vai já tão enraizado como a França. A ignorância do público sobre o assunto é a principal arma e o principal objetivo dos que defendem o aborto.
A presidente da Bienal, Liana Marabini, uma convertida ao catolicismo que em 2010 fundou o Festival Internacional de Filmes Católicos Mirabili Dictu sob o patrocínio do Pontifício Conselho para a Cultura, defendeu o tema da escultura como representante da mensagem cristã sobre Redenção.
“Estas são as crianças que nós rejeitamos. Ao salvá-las, ela [Maria] está também tentando salvar as almas dos pais que as rejeitaram.”
É bem curioso que uma mensagem sobre Redenção Cristã cause tanto furor entre militantes feministas e LGBTs… Desejar impedir a simples menção de culpa e redenção em relação ao aborto indica que esta militância está apenas preocupada em esconder os efeitos das práticas que defendem, ou seja, apenas mentem sobre a realidade e deixam que as mulheres, homens e casais lidem sozinhos e abandonados com seus cacos emocionais após o aborto.
E é isto, na verdade, que é bem inaceitável.