Vaticano contribuirá com a abortista Organização Mundial da Saúde

O Vaticano anunciou que pretende “contribuir com o Fundo de Emergência da OMS para o fornecimento de equipamento de proteção individual aos trabalhadores médicos da linha de frente”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz parte das Nações Unidas e apoia a contracepção e o aborto.

Durante suas observações na 73ª Assembleia Mundial da Saúde em maio, o arcebispo Ivan Jurkovič, representante permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas e outras organizações internacionais em Genebra, destacou que o Vaticano “já fez várias doações para regiões que necessitam de ajuda urgente”.

Além disso, “muitas ordens religiosas, paróquias e padres estiveram na linha de frente, cuidando daqueles que foram infectados e de suas famílias”.

Ironicamente, o anúncio do Vaticano em contribuir com a OMS ocorreu apenas algumas semanas depois de líderes pró-vida elogiarem o presidente Donald Trump por interromper o financiamento a agência internacional de saúde.

“É uma decisão brilhante e corajosa do presidente Trump”, comentou John Smeaton, diretor da Society for the Protection of Unborn Children. “Não apenas a OMS tem planejado, há anos, promover o aborto numa pandemia do tipo COVID-19, como também ficou bastante claro até para o mundo secular que a OMS está a serviço das estruturas de poder mais corruptas do mundo, ao invés do bem comum. ”

Jeff Gunnarson, da Campanha de Coalisão pela Vida no Canadá, disse: “Quando uma organização de saúde que é projetada para monitorar o bem-estar físico dos cidadãos do mundo ignora os gritos dos nascituros, é crucial que não apenas se corte o seu financiamento, mas que também seja fechada”.

O arcebispo Jurkovič concluiu suas breves observações na Assembléia Mundial da Saúde “transmitindo a fervorosa esperança do Papa Francisco de que as intensas pesquisas motivadas pela pandemia do COVID-19 sejam conduzidas ‘de maneira transparente e desinteressada, a fim de encontrar vacinas e tratamentos e garantir o acesso universal as tecnologias essenciais que permitirão a todas as pessoas infectadas, em todas as partes do mundo, a receberem os cuidados de saúde necessários’.”

Nem o Arcebispo nem o Papa mencionaram o fato de que várias das potenciais vacinas contra o Corona Vírus atualmente em desenvolvimento são baseadas em linhas celulares de bebês abortados.

Embora a doação do Vaticano ao Fundo de Emergência da OMS tenha sido especificada “para o fornecimento de equipamento de proteção pessoal a trabalhadores médicos da linha de frente”, alguns católicos se perguntam como o Vaticano pode apoiar a OMS, dada sua oposição direta ao ensino da Igreja em temas como aborto.

Em seu site, a OMS declara, entre outras coisas, que “toda mulher tem reconhecido o direito humano de decidir de forma livre e responsável, sem coerção e violência, o número, o espaçamento e o tempo de seus filhos, além de ter as informações e os meios para fazê-lo, e o direito de obter o mais alto padrão de saúde sexual e reprodutiva (ICPD 1994). O acesso ao aborto legal e seguro é essencial para a realização desses direitos”.

A OMS “fornece orientação técnica e política globais sobre o uso de contraceptivos para evitar a gravidez não intencional, aborto seguro e tratamento de complicações decorrentes do aborto inseguro”.

A OMS também apoia programas de educação sexual que aconselham as crianças a serem ensinadas sobre masturbação desde a infância.

No passado, o Vaticano, que não é membro das Nações Unidas mas observador, havia sido cauteloso em apoiar mesmo que só simbolicamente os esforços da organização quando esses se opunham à doutrina da Igreja.

Em 1996, o Vaticano anunciou que “não pode oferecer nenhuma contribuição simbólica ao UNICEF”.

O arcebispo Renato Martino, que era na época o Observador Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas, argumentou que a interrupção da contribuição simbólica era o “resultado da crescente preocupação da Santa Sé com as mudanças nas atividades da UNICEF que começaram a desviar alguns de seus recursos econômicos e humanos já escassos de atendimento as necessidades mais básicas das crianças para outras áreas fora dessa incumbência específica dada pelas Nações Unidas à UNICEF”.

Martino especificamente mencionou “evidências do envolvimento da UNICEF na advocacia para alteração da legislação nacional em relação ao aborto” e “relatórios confiáveis de que trabalhadores da UNICEF em vários países estavam distribuindo contraceptivos e aconselhando seu uso”.

Ambas preocupações também poderiam se aplicar a OMS, que entretanto está sendo agora apoiada pelo Vaticano.

No ano passado, a Santa Sé declarou que não participaria da “Cúpula de Nairóbi sobre ICPD 25” no 25º aniversário da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (ICPD).

“A decisão dos organizadores, no entanto, de concentrar a conferência em algumas questões controversas e divisivas que não gozam de consenso internacional e que não refletem fielmente a população geral e o desenvolvimento da agenda delineada pela ICPD, é lamentável”, apontou o Vaticano.

“A ICPD e seu abrangente Programa de Ação dentro da ampla agenda de desenvolvimento da comunidade internacional não deve ser reduzida ao que se chama ‘saúde e direitos sexuais e reprodutivos’ e ‘educação sexual abrangente’.”

O próprio Papa Francisco elogiou as Nações Unidas em 2015 durante seu discurso na Assembleia Geral em Nova York.

“O louvável quadro jurídico internacional da Organização das Nações Unidas e de todas as suas atividades, como qualquer outro empreendimento humano, pode ser aprimorado, mas continua sendo necessário; ao mesmo tempo, pode ser a promessa de um futuro seguro e feliz para as gerações futuras”, afirmou o Papa.

O Papa Paulo VI foi o primeiro a falar à Assembleia Geral das Nações Unidas, seguido pelo Papa João Paulo II e pelo Papa Bento.

“Só posso reiterar o apreço expresso por meus antecessores, reafirmando a importância que a Igreja Católica atribui a esta instituição e a esperança que ela coloca em suas atividades”, disse Francisco em 2015.

A pandemia de Corona Vírus também levantou questões sobre as conexões da OMS com o regime comunista na China.

Fonte: Life Site News

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