“Simone Biles cumpre o seu destino de ouro nas Olimpíadas no Rio” – assim a revista People descreveu a vitória da atleta nesta semana.
Aos 19 anos, Biles já é a medalhista de ouro mais condecorada da história da ginástica artística mundial. Ela desembarcou no Rio como a favorita em todas as categorias onde compete e pode se tornar a primeira ginasta feminina a ganhar cinco medalhas de ouro em uma única olimpíada.
Biles, contudo, nem sempre foi tão aclamada.
Ela e sua irmã mais nova, Adria, nasceram sem pai, a mãe era alcoólatra e viciada em drogas e a guarda das meninas por vezes esteve com famílias de adoção. A vida foi assim para elas até Simone completar 6 anos, quando seus avós, Ron e Nellie Biles, oficiamente adotaram as duas irmãs e as levaram as para viver com eles no Texas.
Junto dos avós biológicos – agora seus pais perante a lei – a atleta conta que chamava Ron e Nellie de “vovô” e “vovó”; até que um dia a avó disse para ela e a irmã “vocês escolhem. Se quiserem, podem nos chamar de ‘mãe’ e ‘pai’”.
Simone então subiu para o quarto para “praticar em frente ao espelho: ‘Mãe. Pai. Mãe. Pai.”, e continua “aí desci as escadas e ela estava na cozinha. Olhei para ela e disse ‘Mãe? ’ e ela me respondeu ‘Sim!’” – a partir daí os avós assumiram integralmente o papel de pais.
Dos pais adotivos, Simone recebeu a fé cristã. Ela aprendeu a ir à Missa aos domingos e a rezar o rosário; e com o apoio da família, encontrou o seu caminho na ginástica artística.
Ela treinava numa academia no Texas e um dia a treinadora e ex-ginasta Aimee Boorman a viu. Desde então, Simone Biles decolou no esporte e começou a ganhar campeonato após campeonato.
Todas as conquistas de Biles, na vida e no esporte, mostram que o impotante não é como se começa na vida.
A jovem foi concebida por pais incapazes de cuidá-la e teve assistentes sociais pendentes até a sua adoção, mas acolheu as oportunidades que lhe foram dadas para desenvolver o próprio potencial.
Foi o que ela fez de seus dons o que a levou até o ouro – e é com isso que Biles tem feito a própria história e, por conseguinte, também a da ginástica artística.