“A voz do coração”: no Chile, os bebês não-nascidos puderam ser ouvidos

No meio de um acirrado debate sobre o aborto que vem ocorrendo no Chile, um grupo pró-vida teve uma idéia genial para mostrar que o que as mães carregam no ventre é, a partir da concepção, um novo ser humano.

As mulheres da organização feminista pró-vida “Reivindica” reuniram-se na Plaza da la Constituición e caminharam em direção aos prédios governamentais. Ao invés de gritarem palavras de ordem ou carregarem cartazes com mensagens defendendo a vida humana por nascer, elas fizeram algo que teve um impacto muito maior: elas colocaram microfones conectados a megafones em seus ventres e o que se pôde ouvir na praça foi o som das batidas dos corações de seus bebês ainda não nascidos.

Estas mamães chilenas arrumaram uma interessante forma de dar voz aos seus filhos que ainda não nasceram e, principalmente, mostrar a todos a realidade crua do aborto: ele pára um coração humano que já bate, ele elimina cruelmente uma vida humana frágil e inocente.

A partir da concepção não existe algo abstrato que possa ser descartado. No ventre das mães não existe apenas um “amontoado de células” como os abortistas querem nos fazer acreditar. O que lá está é um novo ser humano que tem tanto direito à vida quanto qualquer um de nós.

As batidas destes pequeninos corações trazem um dilema importante à toda sociedade (e não apenas aos chilenos): reconheceremos a evidente realidade de uma vida humana que já existe e a protegeremos ou nos fecharemos em nosso egoísmo mesmo que para isto inocentes tenham que pagar com seu próprio sangue?

Fora isto, a demonstração das feministas do “Reivindica” atinge também em cheio a narrativa que a maior parte do movimento feminista tenta envolver todas as mulheres. É como disse Rosario Vidal, presidente do “Reivindica”, no vídeo de divulgação da campanha “La voz del corazón”:

“Estava evidente que faltava uma representação da mulher que inclua a maternidade no debate público.”

É exatamente isto! Infelizmente a esmagadora maioria do movimento feminista, principalmente a ala mais radical, quer criar uma narrativa que marginaliza a maternidade na vida das mulheres. Vem daí uma verdadeira idolatria ao aborto, que passa a ser encarado como “direito” ou mesmo algo virtuoso e necessário para a felicidade das mulheres.

Excelente ver que mais mulheres posicionam-se contra esta caricatura perversa do que seja a maternidade e também contra a falsa opção do aborto, exatamente como a “Reivindica” respondeu a um comentário no vídeo da campanha:

“Ser pró-aborto não é ser pró-mulher. Reduzir a liberdade e opções apenas ao aborto é tão degradante como pensar que às mulheres se lhes dá liberdade aumentando o espaço da cozinha.”

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Fonte: Preborn children receive a voice in unprecedented demonstration of pregnant mothers

1 COMMENT

    Eu gostaria de saber onde conseguir esse aparelho auto falante. Me interessei em fazer essa passeata aqui na minha cidade.
    Obrigada!

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