Infanticídio indígena: “Quebrando o Silêncio”

https://www.youtube.com/watch?v=V5F9HjSnsmw

Saulo Feitosa, Secretário-Adjunto do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), ligado à CNBB, deu a seguinte declaração em uma recente reportagem, que já foi colocada mostrada em outra postagem neste blog (aqui).

“Para ele, organizações contrárias ao infanticídio fazem uma campanha mentirosa de que a comunidade obriga a mãe indígena a tirar a vida de seu filho, quando não é verdade. “No local do nascimento, só ficam a parturiente, a mãe e a avó. Elas é que vão decidir se vão ou não deixar a criança viver. Se o filho não volta com as mulheres indígenas, é porque elas decidiram não ter a criança”, afirma.”

Saulo declarou isto como se fizesse algum sentido, como se fosse aceitável a parturiente, a mãe e a avó decidirem a vida ou morte de um recém-nascido. Não é, nunca foi e nunca será.

Mesmo assim, a fala de Saulo é mera ficção. Parece mesmo uma coisa produzida por um grupo de feministas/abortistas, que querem passar a idéia de que a questão de vida e morte das crianças é um simples exercício do famoso “direito reprodutivo” das mulheres.

Mas o caso é que a fala de Saulo tem um único e fatal obstáculo: a realidade.

Sandra Terena, índia da etnia Terena, é jornalista e dirigiu um documentário que aborda a dolorosa questão do infanticídio, “Quebrando o Silêncio”, que pode ser visto acima.

Se Saulo assistisse o vídeo pode ser que as escamas caíssem de seus olhos… E talvez ele parasse de falar besteiras do tipo que ele declarou na referida reportagem.

No excelente documentário de Sandra Terena vemos de tudo. Vemos sobreviventes que tinham seu destino já selado por suas comunidades e que escaparam graças à caridade de terceiros; vemos gente que teve seu irmão gêmeo morto; vemos crianças que escaparam de serem quebradas ao meio.

Quebradas ao meio ao nascer! É difícil alguém sustentar que um povo, seja ele qual for, tenha o direito a manter um ponto de sua cultura que envolva quebrar uma criança ao meio por qualquer motivo. Quem sustenta isto deve ter nada na cabeça e muitas escamas nos olhos.

O documentário mostra indígenas que não têm medo em falar o quanto é errado a prática do infanticídio que ainda existe em suas comunidades. Difícil não se emocionar com o pai que teve um de seus filhos gêmeos arrancados da sua guarda para ser morto. A tristeza do casal é palpável.

No documentário, os próprios índios dão as pistas de o porquê o infanticídio ainda é um problema em várias comunidades. Eis o que declara Álvaro Tucano, o líder Tucano do Amazonas:

“Nós temos certos índios que recebem muita influência dos antropólogos, e, como tais, eles acham que os costumes são intocáveis.”

Paltu Kamayurá, é o pai que teve de ver um de seus filhos condenado à morte por ser gêmeo. Ele, ao falar sobre a abominável prática do infanticídio, fala com mais clareza que muito antropólogo:

“Agora meu pensamento não é mais como o deles, não é mais pensamento de antropólogo, que já estudou sobre a cultura do índio. Eles falam: ‘Este índio… deixa eles viverem assim. Esta é a cultura deles!’. Não é. Porque a cultura não pára. Ela anda. O pensamento também anda igual ao da cultura. Por isto que hoje a gente… estamos querendo criar, pegar todas essas crianças.”

Mas há gente por aí que prefere negar que infanticídio e aborto resultem em morte.

O documentário vale ser visto, revisto, compartilhado, divulgado.

Em tempos em que os abortistas espertamente tentam fazer do aborto, da morte de um ser humano indefeso no ventre de sua mãe um “direito humano”, podemos ver declarações claríssimas como estas:

“Todos os seres humanos têm o direito de viver! Qualquer que seja! Pobre ou rico, ou índio…”

“Porque ele nasce como gente mesmo! Porque ela não é um animal. Ela não é filho do porco, do tatu! Saiu da pessoa, né?! “

Para finalizar, um detalhe: nos créditos do documentário, nenhuma referência ao CIMI ou à FUNASA.

Os índios enxergam longe…

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