Dr. Drauzio Varella, o médico-celebridade mais famoso do Brasil, foi pego em mais uma de suas demagogias midiáticas. Ele, que jamais perde uma oportunidade diante de uma câmera, agora foi pego tentando aplicar um golpe baixíssimo: criar uma narrativa de nível altamente emocional para supostamente denunciar as condições dos presos transexuais.
A coisa começou a ficar feia para o médico quando veio à tona o passado criminoso do transexual que ele abraçou diante das câmeras após este revelar que não recebia visitas e nem cartas há 8 anos. O problema é que Dr. Drauzio não revelou ao público quais foram os crimes cometidos pelo detento Rafael Tadeu, o transexual: estupro e assassinato qualificado de um menino de 9 anos.
Um artigo (original aqui) mostra um pouco da história de vida de Rafael Tadeu:
“E que tipo de pessoa era Rafael Tadeu? Sua tia, Carlita, prestou depoimento no processo e disse que seu sobrinho “roubava, mentia (…) depois dos 12 anos começou a roubar com arma, usava maconha (…) foi acusado de estar abusando de uma criança de três anos, e os parentes da criança foram na minha casa atrás dele, querendo matar ele (…) foi passar férias na casa do irmão e tentou estuprar o sobrinho de cinco anos (…) na escola era acusado de roubar os professores, de estupro (…)”.”
Será que o médico-celebridade não achou que estas informações deveriam ser divulgadas ao público ou o que vale mesmo é a vontade de criar uma narrativa emocional para ir moldando a opinião pública segundo os ditames do ativismo LGBT?
A resposta a esta pergunta fica clara para quem assiste a matéria. A força emocional da matéria divulgada no Fantástico foi tão grande que houve caso de uma professora que fez seus pequenos alunos escreverem cartinhas para serem entregues ao detento Rafael Tadeu, o mesmo que cumpre uma longa pena por ter estuprado e assassinado cruelmente um menino na mesma faixa etária dos que enviaram cartas e desenhos para o transexual.
É evidente que o médico tentou se justificar com um discurso tosco, bem do tipo que ele sempre tenta em sua cruzada de arauto da justiça social. Ele lançou uma nota em sua página. Ei-la:
Não é questão de ele ser médico e nem juiz, isto é apenas uma cortina de fumaça que o Dr. Drauzio e sua assessoria de Relações Públicas estão tentando para poder sair de fininho da sinuca em que ele se meteu, pois o público que o assistiu tinha todo o direito de saber do histórico criminoso do detento que o médico utilizou para fazer demagogia e dar aquela mão amiga ao ativismo LGBT.
Se foi de caso pensado ou se foi um caso de simples incompetência, quem sabe é o próprio médico e sua assessoria. O que sabemos, porém, é que ele não pede desculpas pelo que aconteceu. E, pior ainda, em sua nota de esclarecimento ele invoca o juramento que fez ao se tornar médico, e é exatamente neste ponto que indicamos mais uma demagogia de Drauzio Varella.
No juramento de Hipócrates, que é o que ele deve estar indicando em suas palavras, está explicitamente indicado que
“Da mesma maneira não aplicar pessário em mulher para provocar aborto.”
Ou então podemos utilizar a versão mais recente da Associação Médica Mundial, que diz
“GUARDAREI o máximo respeito pela vida humana;”
Digo isto porque Dr. Drauzio não perde oportunidade de embarcar na canoa da militância abortista, o que pode ser visto em sua própria página. Em uma de suas defesas acaloradas do aborto, eis como ele termina seu artigo:
“Portanto, quem é contra o aborto tem uma saída simples: não o pratique. Ninguém é nem nunca será obrigado a abortar. Por outro lado, a mulher deve ser dona do próprio corpo e ter o direito de decidir se deseja ou não seguir com uma gravidez. E, acima de tudo, como cidadã, tem o direito de ser amparada, acolhida e cuidada qualquer que seja sua decisão.”
Este simples parágrafo tem tantos problemas, tantas enganações, que parece ter saído direto das mãos de uma feminista/abortista. Dizer “não o pratique” para a questão do aborto é como dizer “não mate” para quem é também contra o assassinato de pessoas já nascidas.
Será que o Dr. Drauzio acha que o que está no ventre da mãe não é uma vida humana até o momento do nascimento? Como ele consegue jurar “máximo respeito pela vida humana” e defender o aborto?
Ou será que Dr. Drauzio fez juramento segundo uma das muitas versões açucaradas que andam agora em moda, versões prontinhas exatamente para empurrar os limites éticos até o ponto onde não há sequer mais ética médica envolvida? Será que seu juramento deixou de lado a questão do aborto, a mesma pela qual ele tem tanto apreço e sempre que pode defende sua legalização?
Perguntemos então: causa surpresa que um médico como Drauzio Varella, que deixa de lado por completo a humanidade do ser em gestação no ventre da mãe e que defende a legalização do aborto, preste-se ao papel de manipulador barato de emoções para ajudar uma narrativa ao gosto de minorias barulhentas e suas agendas? Isto não é medicina e nem jornalismo, é puro furor midiático.
Drauzio Varella mostrou suas verdadeiras cores e é bom que a população saiba cada vez mais quem são tais tipos, assim como também é ótimo que saibam que veículos midiáticos como a Rede Globo estão envolvidos até o pescoço na reengenharia social que busca mudar os corações e mentes da opinão pública. E fazem isto utilizando todos os instrumentos que lhes estão disponíveis, até mesmo a pura omissão de crimes hediondos cometidos por um indivíduo pelo simples fato de que ele cai como uma luva na narrativa desejada no momento.
O que temos é que Drauzio Varella e a Rede Globo formam uma parceria muito boa: ambos são no mínimo irresponsáveis. E ambos deviam pedir desculpas à população pelo absurdo da situação criada pela omissão de informações relevantes aos telespectadores. Menos do que isto é pura canalhice e manipulação.