A cantora Joy Villa arrasou no Grammy 2018 com uma mensagem corajosa: Escolha a Vida.
Villa apareceu no evento usando um vestido branco com o desenho de um feto dentro de um útero – feito a mão por ela mesma – e uma bolsa com a mensagem “Choose Life” (Escolha a Vida).
Villa afirmou que é pró-vida e considera a adoção uma melhor opção que o aborto.
Quando tinha 20 anos, a cantora engravidou e deu a bebê para adoção. Ela conta que desenho que fez no vestido era de sua filha.
Veja o que artista declarou ao FoxNews:
Minha declaração no 60º Grammys é “Escolha a Vida”. Eu acredito em amar a criança e a mãe, e tenho orgulho de ser Pró Vida, sem qualquer julgamento àquelas que escolheram o contrário.
Por que eu pus um feto em um útero de cores vivas no meu vestido e uma bolsa com “Escolha a Vida” no 60º Grammy Awards?
Eu sou pró-vida.
10 anos atrás minha vida estava destroçada, não conseguia parar de chorar: eu tinha uma linda bebê crescendo dentro de mim… Para muitas mulheres engravidar é um sonho feito realidade, mas eu estava dominada pela culpa, angústia e vergonha.
Eu não tinha um centavo, estava longe de casa e presa num relacionamento abusivo e tóxico com um homem que se tornou uma sombra do que era. Aos 19 anos, eu me apaixonei por um homem mais velho, com um bom coração, mas ele começou a usar drogas e nosso relacionamento rapidamente se tornou um pesadelo. Os mesmos braços que antes seguravam e me protegiam se tornaram armas; noite após noite, eu me escondia num canto, com medo de ser espancada.
Eu não sabia para quem recorrer.
Quando você é jovem e vulnerável, às vezes a sua mente te engana: “Eu não mereço ser feliz!”, “Eu não mereço ser amada!”, “Isso é o melhor que eu posso fazer!”. Me dói lembrar como eu me sentia completamente desprovida de valor naquele momento, eu realmente acreditava que merecia ser abandonada, esquecida e punida. Eu pensei: “Isso deve ser minha culpa, então tenho que aguentar e tentar consertar isso”.
Depois que um contraceptivo falhou, fiquei grávida aos 20 anos.
Depois de testar positivo em uma clínica, a enfermeira começou a me pressionar para ter um aborto. Ela me disse: “Nós podemos fazer agora, isso vai fazer com que tudo se acabe. Eu tive vários abortos, de fato, as minhas três filhas tiveram vários. Você é jovem demais para ter filhos. Esta é a melhor escolha para você.”
Ela já tinha feito a minha escolha por mim.
Eu fui embora me sentindo sugada e com o coração quebrado. Eu nunca tinha considerado o aborto, eu queria aguentar e acertar as coisas com o pai, ter uma família real.
Mas quando eu fui violentamente jogada contra a parede pelo pai da bebê quando estava pesadamente grávida, eu soube que precisava de uma solução real. Minha bebê merecia algo muito melhor.
Foi quando eu tomei a decisão mais difícil e importante da minha vida: eu decidi levar minha bebê a termo e depois entregá-la em adoção a uma família amorosa. Eu coloquei sua vida sobre a minha.
Não foi fácil. Todo dia era uma luta. Pergunte a qualquer mulher: a gravidez é extraordinariamente difícil, especialmente sem a família do seu lado. Mas minha fé em Deus – e o meu amor pelo minha bebê – me deu toda a força que eu precisava para sobreviver.
Encontrei uma agência de adoção que me ajudou em cada passo, incluindo cuidar das despesas do meu dia a dia para viver. Nós colocamos a minha bebê em uma família amorosa e atenciosa em uma “adoção aberta”, o que significava que eu ainda poderia estar envolvida em sua vida. Eu tenho um relacionamento crescente e maravilhoso com a minha filha hoje (que me chama de “Mamãe Joy”!) por causa da minha decisão de escolher a vida.
A adoção deu à esta garota aterrorizada [referindo-se a si mesma] o maior presente de sua vida: uma segunda chance.
Uma chance de fazer o que é certo.
Uma chance de cura.
Uma chance de ser uma mãe.
Para celebrar a minha filha linda, pintei o meu vestido do Grammys recriando a ecografia dela quando eu estava grávida de 8 meses.
Hoje, escolhi divulgar isso para encorajar as mulheres a pensarem por si mesmas e reunirem toda a informação antes de tomarem sua própria decisão. Ter opções de dar a vida como a adoção pode empoderar mulheres a fazerem o que elas sentem que é certo.
Existem milhares de mulheres em situações semelhantes a minha. Muitas são muito mais jovens – e mais vulneráveis do que eu era. Não estou aqui para condenar, ou insultar, ou tentar fazer com que elas se sintam pior do já se sentem.
Mas eu tenho uma mensagem:
Considere a adoção. Considere a vida. Considere levar seu bebê a termo, e colocar seu filho não nascido numa família que irá cuidar, proteger, uma família feliz.
Você sobreviverá a isso. Você conseguirá atravessar isso. E você absolutamente, 100 por cento, merece toda a felicidade e amor no mundo. Você é muito mais forte do que você pensa.
Você merece uma segunda chance na vida… e o seu bebê merece uma primeira chance.
A vida é preciosa. E você também.