A luta contra o aborto é atualmente revestida da maior importância principalmente porque esta é uma das formas de enfrentarmos o avanço da Cultura da Morte em nossa sociedade. E um dos efeitos mais devastadores desta cultura maligna é exatamente entorpecer as consciências de muitos tanto para o drama da morte quanto para a beleza da vida.
Quando tal descaso em relação à vida humana atinge os profissionais da área médica temos então o pior dos mundos à nossa frente. Alguns dias atrás, em uma postagem aqui no blog, eu trouxe o caso de dois médicos da Grã-Bretanha que já não vêem qualquer impedimento ético na retirada de órgãos de fetos abortados. Um deles até mesmo pensava que seria “vergonhoso” desperdiçar tais órgãos.
Esta é a mesma Grã-Bretanha que foi objeto de uma postagem de 2008, na qual comentei sobre o drama de crianças nascidas e deixadas à morte pelos profissionais de saúde e por seus pais. É realmente preciso muita indiferença, um coração muito duro para ver um ser humano em seu estágio mais frágil debater-se contra a morte e assisti-lo morrer lentamente, sem nada fazer para ajudá-lo.
Mas este avanço da Cultura da Morte não pára. Foi divulgada hoje pelo jornal Daily Mail a história de uma mãe que assistiu seu filho morrer sem qualquer cuidado médico.
Sarah Capewell, a mãe, implorou para os médicos para que atendessem a seu filho. Apesar de seu filho respirar sem aparelhos e ter batimentos cardíacos normais, e até mesmo mover seus braços e pernas, apesar de tudo isto, os médicos recusaram-se a prestar-lhe quaisquer cuidados.
O motivo? Este: Jayden, como foi chamado por sua mãe, nasceu com 21 semanas e 5 dias. Pelos protocolos médicos ingleses, apenas crianças com 22 semanas de gestação devem receber cuidados médicos. Ou seja, os médicos abandonaram Jayden à morte por causa de 2 dias.
Por causa destes 2 dias, os médicos forçaram Sarah a assistir impotente à morte de seu filho. Deixaram-na ver seu filho respirar com dificuldade, debatendo-se por uma vida que lhe era negada por médicos que tinham por ele apenas indiferença.
A mãe conta que a parteira que a assistiu no parto chamou Jayden de “pequeno guerreiro”, devido a estar respirando por si próprio e por seu coraçãozinho bater normalmente.
Diante de sua insistência para que os médicos viessem em socorro de seu filhinho, Sarah recebeu esta resposta da parteira:
“Eles não virão para ajudar, querida. Aproveite todo o tempo que você tem com ele.”
Sarah abraçou seu pequenino filho e tirou preciosas fotos do menino que vão nesta página. Jayden faleceu em seus braços menos de 2 horas após seu nascimento.
Ela também conta que devido a gestação não ter atingido 22 semanas, foi-lhe negado o medicamento que serviria para atrasar o momento do nascimento. Negaram-lhe também as injeções de esteróides que fariam com que os pulmões do pequenino Jayden fossem fortalecidos para o eventual nascimento prematuro.
Negaram-lhe tudo… Medicamentos, cuidados, tratamento digno para seu filho. Jayden veio e foi-se deste mundo apenas com o amor de sua mãe.
Hoje, Sarah Capewell está lutando para que os protocolos que serviram de sentença de morte para seu filho sejam alterados:
“Milhares de mulhes passam por esta experiência. Os médicos dizem que os bebês não sobreviverão, mas como eles sabem disto se não lhes dão uma chance?”
A verdade é que os médicos não sabem… E não sabem porque a Cultura da Morte que lhes embota o pensamento já vai tomando-lhes por completo. Somente assim eu posso imaginar que uma pessoa possa ver uma mãe abraçada a seu filho implorar por ajuda e virar-lhe as costas.
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Fontes:
‘Doctors told me it was against the rules to save my premature baby’
Justice for Jayden