Na Marcha pela Vida 2018, a deputada do partido republicano, Jaime Herrera Beutler, contou o própria experiência de escolher a vida numa circunstância aparentemente sem solução.
Sua história mostra o quão necessário – por justiça, respeito ao ser humano e verdadeiro bem de toda sociedade – defender o direito à vida de todos bebês intrauterinos, mesmos os que são desesperançados pela atual medicina.
Herrera Beutler aponta que devemos dar uma chance à essas crianças, que temos que lutar por esses bebês que precisam de ajuda médica, e não sacrificá-los à cultura da morte.
Não podemos nos conformar com a mentalidade eugênica de que bebê intrauterinos diagnosticados com deficiências ou enfermidades sejam sentenciados ao aborto – sem uma chance, sem nenhuma oportunidade, descartados como não-humanos, assassinados brutalmente dentro da própria mãe.
Precisamos fazer com que, diante dos problemas de saúde, a medicina se veja interessada em avançar, em evoluir, a descobrir novas curas; que os médicos vejam em cada diagnóstico fetal de deficiência ou enfermidade uma oportunidade para um tratamento experimental, para descobrir uma nova cura, para pelo menos TENTAR ajudar o bebê.
Bebês com problemas de saúde precisam de tratamento, de que a medicina procure por novos métodos e avance.
Herrera Butler nos confirma isso com seu testemunho. Confira:
Poucos meses depois do meu segundo mandato no congresso, meu marido Dan e eu fomos ao nosso primeiro ultrassom, de 20 semanas, como felizes pais pela primeira vez.
Nós não estávamos preparados para o que nos disseram: disseram que nossa bebê nascitura tinha 0% de chance de sobrevivência. Zero.
Ela não tinha rins e era uma condição chamada agenesia renal bilateral e, como resultado, ou perderíamos nossa bebê num aborto espontâneo ou ela nasceria incapaz de respirar porque os seus pulmões não se desenvolveram; ela iria, literalmente, sufocar após a chegada e não havia nada que pudesse ser feito sobre isso.
Fale sobre desespero…
Oh céus..
100% mortal. Nossos médicos que diagnosticaram disseram que, frequentemente, quando as mulheres recebiam essa notícia, elas atravessam a rua para agendar um aborto.
Numa outra consulta para uma segunda opinião, me ofereceram a opção não de abortar, mas de induzir [o parto] cedo. Eu estava cerca de 20 semanas neste momento e perguntei “então, o que é cedo?” e ela disse “tipo hoje, tipo esta semana. Quanto antes você começar, melhor você ficará emocionalmente”, foi o que nos disseram.
Então Dan e eu oramos, e choramos, e aprendemos a lutar; e naquela devastação vimos a esperança: e se Deus fizer um milagre? E se um médico estiver disposto a tentar algo novo? E se pudéssemos obter infusões salinas no útero para imitar o líquido amniótico para que o bebê pudesse se desenvolver mesmo sem rins?
E se?
Nós nunca saberíamos se não tivéssemos tentado!
E através da intervenção divina, e alguns médicos muito corajosos que estavam dispostos a arriscar, hoje nós podemos curtir a nossa filha Abigail. Que é saudável, feliz, tem quatro anos e é a irmã mais velha, que diz que um dia ela será a chefe do trabalho da mamãe.
E hoje, porque outros ouviram a história dela, ela não é mais a única [bebê que sobreviveu a essa condição médica], ela é apenas a primeira!
Me disseram que não havia nenhuma chance de sobrevivência, mas eles estavam errados. E eles não eram pessoas más; eles nunca tinham visto um bebê com esta condição sobreviver.
Mas esse é o ponto: E se eles estiverem errados sobre os outros também?
E se juntos pudermos abrir novos caminhos e encontrar novos tratamentos do qual se beneficiarão mais pessoas além das nossas próprias famílias?
E se o bebê não tiver essa condição médica ou deficiência significativa?
Ou, mesmo se ela tiver, e se cada bebê receber pelo menos uma oportunidade para alcançar seu verdadeiro potencial?
Que tipo de nação nós seríamos? Que riqueza nós teríamos para ver, em vez do equivalente de duas gerações faltando por causa dessa “escolha” [aborto]? [referindo-se a todos os americanos que foram abortados ao longo dos 45 anos de aborto legal].
Nós já teríamos testemunhado um desses indivíduos [que foi abortado] encontrando uma cura para o câncer, ou a chave para erradicar a pobreza extrema.
E se tivéssemos gastado os últimos 45 anos investindo esse tempo e esse dinheiro para encontrar curas no útero para condições médicas como a espinha bífida, microcefalia ou defeitos congênitos do coração?
E se esse dinheiro fosse usado para acabar com a doença do bebê e não com a vida do bebê?
E se em vez de gastar milhões de dólares todos os anos com o aborto, nós investíssemos esse dinheiro para cuidar dos bebês que nascem com problemas de saúde ou deficiência?
Todos nós podemos pensar em alguém que conhecemos que tem uma grave doença ou deficiências e que nos enriqueceram imensuravelmente, e é difícil imaginar um mundo onde eles nunca tivessem nascido.
Nós devemos abraçar a diversidade total, que inclui habilidades físicas e mentais. Todos diferentes – habilidades diferentes.
E se nós celebrássemos a deficiência em vez de deixar que o medo faça disso o nosso inimigo mortal?
Hoje nos reunimos para dizer que há esperança para cada mãe grávida que recebeu um diagnóstico devastador.
Para cada mulher que sente medo ou raiva ou ansiedade porque não sabe como ela poderá cuidar dessa criança.
Para toda mulher que se sente sem esperança: Jesus ama você.
E para cada bebê que foi abandonado pelo status quo: Jesus ainda faz milagres.
Devemos reconhecer o feto como o milagre que ele ou ela é; uma pessoa que está se desenvolvendo que tem extraordinário potencial e propósito, que merece uma chance de lutar para viver porque só então talvez alcance esse extraordinário potencial.
Afinal, eu acredito que é a única maneira pela qual nossa sociedade realmente alcançará ser o que deve ser.